Fica. Fora.

14/09/2014 10:57

A cada jogo que se passa, os torcedores encaram um dilema. Apoiar o Técnico ou pedir a saída?

Cristovão Borges, técnico do Fluminense, estava sendo criticado pelas substituições que “fogem do comum” do futebol, pois estavam dando errado. Começaram a funcionar. E agora?

Falar das substituições depois que o jogo acaba é fácil, já sabemos o resultado. Mas na hora do jogo, saber qual tática usar e chamar a responsabilidade não é assim tão óbvio.

O mesmo está acontecendo com o Abel, no Internacional. Ganhou cinco jogos seguidos e os torcedores começaram a pensar em título. Daí, com a irregularidade natural, os resultados começaram a fugir. E a culpa vai para quem? Isso mesmo, para o técnico.

O Brasileirão é um campeonato longo, desgastante, é comum isso acontecer. Uma vez ou outra, um time se destaca e abre vantagem, como é o caso do Cruzeiro neste ano. Que também não é imbatível.

Nosso calendário é apertado. E, se por um lado a parada da Copa do Mundo nos colocou de férias, por outro as rodadas ficaram com um intervalo menor. Culpar os técnicos por todo o mal que acontece com o time é, no mínimo, injusto. Pode ter uma parcela de culpa, ok, assim como todos os integrantes do time.

O que normalmente acontece é o fato de que as pessoas só se preocupam com o resultado final. Se o time jogar de maneira horrível e ganhar, ótimo. Se jogar um bom futebol e perder, já começa a complicar.

E isso tudo é, até certo ponto, compreensível. Futebol é paixão, emoção. Como eu disse em outra ocasião, no dia em que o futebol não mexer mais com a emoção, não terá mais graça. Mas isso não significa que não podemos analisar friamente.

O Campeonato mal chegou à metade. Muita coisa ainda pode – e vai – acontecer. Ainda não temos um vencedor e nem rebaixados. Exemplos estão por toda parte, vide o ano 2009. Então, o que nos resta é torcer.

Foto Nelson Perez/Fluminense F.C.