No Corinthians, no Fluminense ou na Seleção, Rivellino foi um craque diferenciado

18/04/2017 16:58

Sabe quem executava com excelência e popularizou o drible do elástico? Uma dica: ele também tinha um chute de pé esquerdo que merecia muito respeito. Estou falando de Roberto Rivellino, é claro! Em São Paulo ele foi ídolo do Corinthians, já no Rio, do Fluminense. Mas, podemos dizer que em 1970 Rivellino conquistou todo o Brasil, já que ele fez parte da seleção que foi Tri, no México. Riva só não participou de um jogo daquela Copa. Um dos gols marcantes foi na semifinal contra o Uruguai e teve passe de um ‘tal’ de Pelé, conhece? Que momento!

Rivellino ainda participou de mais duas Copas do Mundo. E foi entre as edições de 74 e 78 que o jogador se transferiu para o Rio de Janeiro depois de ficar quase dez anos no Corinthians. E sabe contra quem foi o jogo de estreia? Isso mesmo. Foi uma partida contra o ex-clube. Rivellino relembra o jogo em que marcou três gols e o Flu venceu por 4 a 1:

-O mesmo futebol que eu jogava no Corinthians, eu joguei no Fluminense. Mas estrear assim é gratificante, pois foi um time que acreditou no Rivellino, e eu procurei retribuir da melhor maneira possível, não só naquele jogo, mas também nos anos que eu fiquei no Fluminense. – disse.

No Fluminense, Rivellino fez parte da ‘Máquina Tricolor’, um time montado pelo presidente Francisco Horta. E foi num jogo contra o Vasco, no carioca de 75, que Rivellino deu um de seus elásticos mais memoráveis. A bola passou por entre as pernas do vascaíno Alcir e o tricolor seguiu direto para o gol. E vocês acreditam que foi uma jogada ‘meio sem querer’?

-Eu dei muita sorte porque quando eu fiz a jogada, a bola passou por baixo das pernas dele. Quando passou, eu já fui! Ainda tive a felicidade de tocar na frente. Foi realmente um dos gols mais bonitos que eu fiz na minha vida. – relembra.

Depois do Fluminense Rivellino ainda jogou em um time da Arábia Saudita, chegou a treinar um clube do Japão, mas não por muito tempo. Riva escolheu uma vida mais tranquila, virou comentarista, e diz com muita certeza que viveria tudo de novo, sem mudar nada.

 

*Algumas vezes vocês vão ver aqui no blog textos de grandes craques do nosso futebol. Quem me conhece sabe que eu me interesso bastante pela história desse esporte e leio muito a respeito. O livro ‘Gigantes do Futebol Brasileiro’, de João Máximo e Marcos de Castro será usado como base, além de pesquisas e entrevistas.

No meu primeiro texto você conheceu um pouco a história de Rivellino. As aspas são de uma conversa que tivemos enquanto eu ainda trabalhava na Rádio Globo. Foi uma das entrevistas mais legais que eu já fiz.