#PartiuChina

28/12/2015 10:40

Final de 2015 e, como sempre, as especulações tomaram conta do noticiário esportivo. Mas o que está mais me chamando a atenção é a China. Por quê? Bom, se você forçar a memória um pouquinho, vai lembrar que a China oferece quantias milionárias para tirar o jogador do seu time. Só que isso está se  tornando cada vez mais frequente: Ricardo Goulart, Elkeson, Robinho (ele estava no banco no mundial, lembra?) e Diego Tardelli são alguns. Isso sem falar nos técnicos Cuca e Felipão, que treinaram times chineses nessa temporada, e Vanderlei Luxemburgo, que assinou contrato em setembro.

Falando em Vanderlei Luxemburgo, o time dele fez mais dois brasileiros carimbarem o passaporte para a china: Jadson e Luis Fabiano. Vale ressaltar que é um time da segunda divisão.

Isso só não me causa tanto espanto por causa da globalização. Com um mundo cada vez mais conectado, não tem mais essa de “o jogador vai sumir se jogar em tal lugar”. Se antes um jogador saía do Brasil para um time que não fosse da Europa e voltava sem sucesso, hoje ele já é capaz de construir uma vida lá, e ainda consegue receber propostas para voltar a jogar no Brasil, isso se não for convocado para a Seleção antes.

O Robinho, por exemplo, teve contrato encerrado e pode voltar ao Brasil. Não foi esquecido.

O projeto da China soa até interessante. Eles investiram em infraestrutura, mas não possuíam mão-de-obra para colocar aquela “empresa” para funcionar. Digo isso porque lá o futebol é um grande negócio. Se eles querem um jogador, pode ter certeza que eles farão o possível para consegui-lo (vide Conca em 2011). Ou seja, lá os jogadores encontram o que não há aqui.

Com os salários em dia, um bom local para trabalhar e com uma pressão da torcida bem menor do que a daqui, o único problema é a adaptação com a comida e com a língua. Mas isso um restaurante brasileiro e um tradutor resolvem.